sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Imortal Kalymor: DEUS, POR MALBERON. INTERLÚDIOS, PARTE 2


_O que encontrou de mais interessante? _Pergunta o padre.

_Por todos estes anos, vaguei pelo país à procura de vampiros, com pouco êxito. O clima definitivamente os afastava, e encontrei poucos deles aqui estabelecidos. Além disso, sentia um desconforto tremendo, pois, a cada década que passava, a humanidade parecia dar saltos em sua evolução que minha consciência se recusava em acompanhar. Enquanto os automóveis ganhavam cada vez mais às ruas, e as cidades teimavam em crescer e aglomerar pessoas, o homem saía de uma “suposta” Primeira Guerra Mundial, para rapidamente entrar em outra. Maravilhas tecnológicas ascendiam para melhorar a vida, ao mesmo tempo em que um simples aparato científico foi suficiente para dizimar milhares delas. Enquanto muitos sonhavam por um pedaço de chão, um alguém já pisava a lua. E eu caminhava em meio a tudo isso, como um monstro, um zumbi. Fruto de uma era completamente diferente desta.
Então, ocorreu. Numa noite de carnaval, num dos bairros mais nobres da cidade do Rio de Janeiro. O ano era 1973 e, naquela noite em especial, choviam gotículas que pareciam carícias sobre os corpos já molhados de suor da multidão que dançava alegremente, como era próprio daquela festividade, e cantava tão alto que os poucos trovões no céu nem sequer eram notados. Eu perseguia o rastro de um vampiro jovem, que ainda deixava grandes falhas em suas investidas que um simples detetive certamente o pegaria como um assassino comum. Naquela madrugada, o segui até a porta de seu prédio, cuja beleza da arquitetura e luxo o destacava de todos os outros da vizinhança. Adentrei pela portaria sem dificuldade e segui em direção às escadarias, dispensando o elevador. Guiei-me pelo odor de suas roupas encharcadas, mesmo que seu corpo de morto-vivo não exalasse cheiro algum, e por meus ouvidos apurados, que também me permitiam distinguir todos os demais moradores dos outros apartamentos, tentando, por exclusão, chegar até ele. Passei por todos os andares e somente parei quando vi, inusitadamente, à frente de uma porta diferente das demais, a figura que sempre me acompanhou, todos esses anos, em noites chuvosas como aquela. Parei, quando reconheci o semblante do pequeno Douglas.
Naquela vez, o garoto tinha os olhos inchados, como ficam os de alguém que há pouco tenha se esvaído em lágrimas. Olhava-me com uma tristeza quase desesperada e tímida, como um felino acuado. Os trovões, lá fora, ainda eram poucos e não justificavam sua presença, que sempre antes surgia quando estes eram mais “ameaçadores”. Mas aquilo não me deixou apreensivo, num primeiro momento, pois eu já estava acostumado ao inoportuno e ao mistério de suas aparições. Lentamente me aproximei, e ele, calmamente, meneou a cabeça para os lados, sinalizando para que eu não entrasse.
O que poderia haver ali? Por que seu aviso? Aquele era apenas um vampiro, como muitos outros que persegui e não me representava um grande perigo. Os séculos de experiência nessa caçada me permitiam concluir isso, mas qual a razão do aviso daquela pobre alma perdida?

CONTINUA...

O Imortal Kalymor: DEUS, POR MALBERON. INTERLÚDIOS, PARTE 1

O Imortal Kalymor: DEUS, POR MALBERON. INTERLÚDIOS, PARTE 1: "DEUS, POR MALBERON O ENCONTRO DE HANS KALYMOR COM O PRIMEIRO VAMPIRO DO MUNDO Extraído do livro O IMORTAL KALYMOR. _Quem diria que um ..."

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

DEUS, POR MALBERON. INTERLÚDIOS, PARTE 1

DEUS, POR MALBERON
O ENCONTRO DE HANS KALYMOR COM O PRIMEIRO VAMPIRO DO MUNDO
Extraído do livro O IMORTAL KALYMOR.






_Quem diria que um dia eu estaria do outro lado do mundo? Quem diria que existia o outro lado? Foi o que, incansavelmente, repeti quando avistei, ao longe, o primeiro sinal de terra, depois de algum tempo cruzando o oceano. Sorri, por diversos motivos, como uma criança inocente desbravando um novo conhecimento.
Não era mais novidade que o mar não tinha serpentes gigantescas capazes de abocanhar por completo embarcações como aquela, nem as águas acabavam no fim do mundo, despencando num penhasco para além dos limites do planeta. Todos os que me acompanhavam já sabiam disso e, certamente, também já sabia a própria embarcação, que já várias vezes havia feito aquele percurso. Mas ver a verdade, constatá-la com meus olhos era magnífico. Cruzei séculos de existência e, como um imortal, sofria da dor terrível que acompanha todos os que estão na mesma condição minha. A dor da mudança, do futuro evoluindo mais rapidamente que a nossa capacidade de apagar o passado. O fardo de estar preso ao tempo de nossas origens. Certamente, os tripulantes do navio sentiam alguma coisa ao verem, também, as margens se aproximando. Certamente, brilhava em seus corações um sentimento de alegria por estarem indo ao encontro de um mundo novo, tão cheio de possibilidades e expectativas. Mas, certamente, não o viam como eu. Não com a mesma intensidade, não com o mesmo sabor. Muralhas incríveis caíram por terra, em meu conceito, quando o navio ancorou e pisei nas areias deste continente. Enquanto o sorriso tomava os inquietos e diferenciados tripulantes que não temiam descer, eu olhava para o mar atrás de mim e sentia que suas pequenas ondas me puxavam de volta, como se o passado quisesse não me deixar continuar. Um medo cresceu em minha mente, uma insegurança justificada para alguém em minha situação. Mas eu não podia sucumbir ao mar, não podia ceder ao chamado dos séculos anteriores. Firmei, então, meus pés, no meio da praia e longe das águas, dando um abraço caloroso no desconhecido.

_Onde foi que você desceu? _Pergunta o padre.

_No Brasil, numa das praias do Nordeste.

_Verdade? _Indagou, com um tom meio alegre e surpreso.

_Sim! E que lugar maravilhoso! Nunca antes havia estado num local onde o Sol brilhava de uma tonalidade diferente, como se fizesse questão de exibir seu espetáculo. E as matas, espalhadas por todos os cantos, apresentavam um verde mais gracioso que todos os outros verdes. Os rios cortavam a terra como artérias, de igual ou maior valor que uma. A fauna e a flora exuberantes se decoravam dos mais formosos detalhes, querendo encantar aqueles que as admiravam. E não somente essas belezas me extasiaram, mas também a população em geral, uma miscelânea de povos, que se uniam para formar uma raça. Mistura de todos os cantos do mundo, sinal de que esta terra havia sido tomada, invadida. Os brasileiros eram, na verdade, portugueses, franceses, alemães e italianos. E mesmo eles não eram “eles” mesmos, pois eu sabia quais eram suas verdadeiras origens. Brasileiros genuínos, havia somente um povo. Erroneamente chamados de “índios”. Mesmo claramente muito modificados, ainda eram admiráveis por sua cultura, que se fundia em muitos aspectos com a minha. Viviam em tribos, como vivi, utilizavam arcos e lanças para a caça, como um dia eu fiz. E mesmo a ofensa de seus corpos nus era uma peculiaridade sem igual, pois conseguiam mostrar em sua inocência que a maldade estava mesmo nos panos que nos cobriam. Lamentei por não ter tido um contato mais intenso. Por não ter chegado aqui muitos anos antes, quando eram ainda chamados por seus nomes originais. Quando ainda não haviam sido usurpados, maculados, “catequizados”.
Procurei me ater ao maior número possível de detalhes, nesta nova terra. Descobrindo coisas inusitadas em cantos também inusitados...


CONTINUA...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

THE WALKING DEAD.



 Pra quem gosta de zumbis, não tem como deixar de ver. E, mesmo que você não goste, mas gosta de tensão, drama, mundo apocalíptico. A série é perfeita e, também, perfeitamente simples. Baseada num gibi, que não fez muito sucesso por aqui, infelizmente.


The Walking Dead é centrada em Rick Grimes, um oficial de polícia da pequena cidade de Cynthiana, no estado do Kentucky. Também acompanha a trajetória de sua família e uma série de outros sobreviventes que se uniram para manterem-se vivos depois que o mundo foi infestado por zumbis. Com o progresso da série, as personagens tornam-se mais desenvolvidas e suas personalidades são demonstradas sob a tensão de um apocalipse zumbi, especialmente a de Rick.
No início da série, Rick e seu parceiro Shane participam de um tiroteio e Rick é baleado, entrando em coma. Ao acordar em um hospital, ele descobre que os mortos-vivos infestam o edifício e cidade inteira está destruída e deserta. Bem, não completamente deserta afinal... Rick retorna para casa e vê que sua família não está lá, ao vagar pela rua encontra Morgan e Dwayne Jones, que lhe explicam tudo o que está acontecendo no mundo desde que que ele entrou em coma. Ao saber de Morgan que em Atlanta foi montada uma base militar de refugiados e decide partir para lá, na esperança de encontrar sua esposa Lori e seu filho Carl. Ao partir para lá ele então descobre que a base militar não mais existe e que Atlanta está repleta de zumbis. Depois de quase ser morto pelos mortos-vivos, Rick consegue refugiar-se dentro de um tanque de guerra abandonado T-90 e fecha-se dentro dele, ficando encurralado. Lá dentro ele recebe uma chamada de rádio de um rapaz chamado Glenn, um entregador de pizzas, que faz parte de um bando de sobreviventes. Com sua ajuda, Rick consegue escapar de lá.
Segue aí o trailer.
Depois, é só conferir a série na íntegra em http://lokoseries.blogspot.com/2010/11/assista-walking-dead-online.html



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

HIPOTIREOIDISMO?? MAIS UM LOUCO NUM BANDO DE LOUCOS

Mais uma que não tem nada a ver com com o livro, mas com o autor. E acho até que vou fazer várias postagens sobre temas relacionados a mim ou a opiniões que eu tenho sobre diversos assuntos, para que você me conheça um pouco melhor ( a próxima eu prometo que será relacionada ao livro, heheh).
Bom, aqui vai meu desabafo. Será que eles lá em cima, eu digo eles todos os que controlam a sociedade (sim, você é controlado, de uma forma ou de outra, tenha certeza disso) acham que somos completos idiotas? Pois, a principal notícia do mundo, ontem, foi a do Ronaldinho Fenômeno ter encerrado a carreira (que já havia acabado faz teeeeeeempo, só ele não sabia disso), por causa de uma doença grave que o deixava com dores, debilitado e cansaço fácil, o hipotireoidismo. (cansaço fácil entre aspas, pois pra dar conta de três travecos ao mesmo tempo tinha fôlego de sobra). Sim, hipotireoidismo pode mesmo dar estes sintomas, mas é uma doença facilmente tratável com medicamentos a base de hormônios.  Só que o pobrezinho disse que nunca tratou por medo de dar algum problema no exame anti-dopping. Bom, aí vem o fato intrigante, pois eu acho que no Corintians não deve ter médico. E, talvez, em nenhum outro clube de futebol que o Ronaldinho tenha passado, porque hormônio tereoidiano não é dopping. Só que tem mais, para ele descobrir isso, com certeza fez um exame chamado dosagem de TSH e T4 livre (no mínimo esses exames), e ele certamente não entenderia estes resultados e, com certeza absoluta, mostrou pra algum médico (bem, ele é gordo faz tempo, então deve ter feito estes exames também há muito tempo, provavelmente na Europa), o que me leva a concluir que lá os médicos não sabem tratar hipotireoidismo? Ou se sabem, não sabem que se trata de uma doença de baixa de  hormônios da tireoide, e não de testosterona ou outros que, aí, sim, são considerados dopping?? Vamos mais longe, se o problema era somente hormônios, quer dizer que uma atleta que toma anticoncepcionais deve ser impedida de praticar esportes por dopping? Vamos muito mais longe, então, será que, se o Ronaldinho tivesse se consultado com um médico brasileiro, não seria melhor informado e tratado de sua patologia?? Ou com este médico aqui, que está escrevendo, pois já  estou me considerando muito melhor que os médicos Europeus do Ronaldinho.
Voltando um pouquinho. É claro que isso tudo não passa de uma palhaçada, pra pegar os idiotas daqui. O fato é que o Ronaldo é gordo por falta de disciplina e não joga bem futebol, também, por falta de disciplina. Mas nós idiotas aqui ficamos paparicando e dando IBOPE pra ele e tudo relacionado a ele. Fato que faz com que cada vez mais empresários ganhem dinheiro às nossas "idiotas" custas. Mais uma vez, repito, idiota quem perde tempo com isso, com as historinhas dos filhos dele, dos travecos deles, das reconhecidas "ex-ronaldinho".
Claro que eu não tenho nada a ver com a vida dele. Azar o dele se quiser ser gordo, eu sou extremamente magro, seco, e não devo nada a ninguém. Só que vir com historinha de hipotireoidismo??? Agora, todo brasileiro ou brasileira que for gorda vai dizer que não come nada, que tem problema de tireóide. Claro, este é o exemplo que ele está nos deixando. Poderia, simplesmente, reconhecer sua fraqueza e usar isso como arma e incentivar as outras pessoas a não se deixar engordar, pra não acontecer o mesmo. Uma pena que bons exemplos não mais existem, porque não dão IBOPE.
No final, somos todos mesmo um louco no meio de loucos... ou sei lá o que isso significa.....

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

NADA A VER COM O LIVRO, MAS, SIM, COM O AUTOR

Fugindo um pouco de assuntos relacionados ao IMORTAL KALYMOR. Venho aqui comunicar o nascimento dos filhotes do meu cachorro, o ZACCHI. Trata-se de um GOLDEN RETRIEVER. A raça é perfeita. Cães de companhia como eles não tem igual.








Vendo os filhotes, se alguém ai se interessar, favor deixar um comentário. Seguem algumas fotos de filhotes e de adultos. Por último umas fotos do meu cachorro, ainda filhote.





E OLHA QUE ESPERTO QUE ELE FICA DEPOIS DE GRANDE....

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ONDE ESTÃO OS HERÓIS?? A FALTA DE EXEMPLOS PODE GERAR PESSOAS COVARDES??





ONDE ESTÃO OS HERÓIS?

Onde estão os heróis? Não, não é uma pergunta idiota. Posso até ser chamado de louco, mas não de idiota. Louco, ou excêntrico, sei lá. Mas aqui vai uma opinião sobre uma observação que há muito estou fazendo. A observação é: onde estão os heróis? Seria a falta deles a justificativa de um mundo tão covarde?
Pode ser uma teoria da conspiração. Mas espero que você entenda como uma observação. Uma opinião. Na verdade, nem espero que você entenda, mas, se entender e, acima de tudo, concordar, ficarei muito, mas muito feliz por não ser somente eu o louco, ou o excêntrico.
Tenho quase 30 anos. Não sou velho, não sou novo. Na verdade não sei onde me enquadro, mas não vem ao caso. O que quero dizer é que se você tem mais ou menos essa idade, deve ter crescido, assim como eu, lendo gibis e desenhos animados como Caverna do Dragão, Liga da Justiça, He-Man. Então vamos lá. Desenhos que não serviam apenas para animar, mas que, numa profunda avaliação, serviam como inspiração para nós. Os heróis daquela época lutavam pela paz no mundo, salvar o mundo, lutavam pela justiça. Quer exemplo maior que Superman? Símbolo máximo de força, coragem, ideal? Batman, como uma busca extrema por justiça, luta contra bandidos, querendo a todo custo salvar sua cidade. Caverna do Dragão, então, é um clássico. Um grupo de amigos que ansiava voltar para casa e, a cada episódio, sempre surgia uma chance, porém, nenhum deles voltava pois sempre algum tinha algum problema e tinha que ficar. Uma mostra inigualável de amizade.
Enfim, uma serie de exemplos. Porém hoje, onde estão os heróis? O que aprende uma criança de 8-10 anos? Quais os novos heróis? Onde ela pode se espelhar? Vou fazer uma rápida lista do que temos hoje. O que significa o tal do Ben-10? Um garotinho com um relógio e tals. Um pouco antes, então, o Pokémon! O que que é isso? Um garoto que de herói não tem nada, caça uns animaizinhos com poderes e, ainda por cima, os faz lutar uns contra os outros. Na minha concepção, isso soa como um estímulo a rinhas de galo, ou de cachorros. E o pior de tudo é que não tem sentido nenhum. Agora vamos mais longe, meus heróis eram o Superman, He-Man, símbolos de masculinidade e honra, e que tinham que lutar para melhorar o mundo. Exemplos perfeitos. Hoje, o maior herói que existe é..... pasmem, é verdade.... o Edward do crepúsculo.
Sim, não tem nada de novo por aí. O que tem são heróis antigos aparecendo em filmes novos, mas tudo da minha época ou antes. Hoje, para as crianças e adolescentes do mundo todo, temos o crepúsculo, com seu Edward. Onde seu maior dilema não é ser um exemplo de luta do bem contra o mal, mas sim ...”oh, mordo a Bella ou não mordo?? Mas, e se o Jacob não gostar???” Queria ver o Blade dar uma sova de laço, uma camaçada de pau nele, deitado e com a mão esquerda, que é pra dar alguma chance dele se defender.
Nem vou falar do Harry Poter, um abobadinho com uma varetinha na mão. Imagino o que Gandalf faria com ele.
Mais um exemplo, alguém ai viu o Ladrão de Raios? To perguntando pra você que é bem mais velho do que eu? Sim, porque se você viu, ou melhor, agüentou assistir até o final do filme (parabéns, pois eu não consegui), não se lembrou de Fúria de Titans? Não pensou que o Ladrão de Raios não passa de um plágio ridículo do antigo Fúria de Titans? Na verdade, uma espécie de Fúria de Titans com os personagens de malhação.
Seria por isso, por essa total falta de exemplos, que o mundo está se tornando tão diferente? Não sei dizer se para melhor ou pior. (na verdade é pra pior, mas vou deixar você perceber isso). Sim, essa total falta de exemplos poderia ser responsável pela piora do mundo. Vamos pensar, agora, mais longe ainda. Vamos para a política.
Lembra do Collor? Não? Se você tem a minha idade lembra, sim. Se não tem, vou te explicar. O Collor foi o presidente do impeachment. Foi retirado do governo como bode expiatório. (não vem ao caso explicar isso tudo, pois senão este texto fica grande demais). Ele teve um monte de acusações de corrupção e foi retirado, sim. Na ocasião, surgiu um grupo de jovens intitulados caras-pintadas. Jovens que lutaram por justiça, em retirar um governo corrupto. (certos ou não, também não vem ao caso. Se foram levados a fazer isso, ou por espontânea vontade, também não vem ao caso). O que importa é que eram jovens que lutaram por um ideal. E muitos anos antes deles, quantos lutaram e misteriosamente sumiram ou morreram nos períodos de ditadura?
Agora eu pergunto, quem, hoje, ou qual grupo, hoje, faria isso? Nesse governo onde foi revelado o maior escândalo de corrupção deste pais, provavelmente desde a época do descobrimento? Que grupo pintaria a cara? Já sei, os EMOS???? Não existe nenhum grupo. Pelo contrário, além dos jovens não falarem nada, ainda aprovam com inimagináveis quase 90% de aprovação em pesquisas governamentais sobre a satisfação do eleitor.
Vamos mudar de assunto, pra não gerar polêmica. E esse aumento absurdo da violência no país? Não seria pelo fato de nós não nos revoltarmos? E o abuso de autoridade da polícia? E a falta de autoridade deles perante os bandidos, que tem as leis ao lado deles e não ao nosso lado? (lei, eu não sei bem se você, mais jovem do que eu, sabe o que é isso, procura no Google aí).
Vamos baixar um pouco, então. Bandas musicais de sucesso. Restart??? Alguém aqui pode me dizer alguma banda nova que se equipare em pelo menos 0,5% aos Stones? Ao Guns?
A falta de exemplos pode, sim, ter gerado a falta de respeitos dos alunos com os professores.  Na minha época, com certeza, se um professor gritasse, alem de ouvir no colégio, eu ouvia em casa. (Faz isso com alguém hoje, se você aí é professor). É possível que tome um tiro do aluno e ainda se incomode com os pais dele.
Mais um detalhe. Eu, como médico, ainda arrisco em dizer mais uma coisa. Noto, a cada ano, um aumento astronômico de consultas ou sintomas relacionados a depressão. Existem estudos que afirmam que a depressão até 2020 vai ser a segunda maior doença no mundo, perdendo apenas para cardiopatias. Claro, num mundo sem exemplos, onde nos limitamos a covardia, como não ser depressivo? Volta uns anos no tempo, na época do seu avô. Pergunta pra ele se existia alguém depressivo conhecido dele, de quando ele era jovem. Com certeza tinha, mas com certeza esse alguém não se entregava pra qualquer coisa. Ou trabalhava, plantava, ou morria de fome. Hoje se o patrão “fala” com o empregado, já é motivo pro INSS “encostar” essa pessoa, por ansiedade ou depressão.
Agora, sim, você pode me chamar de louco. Mas tenho certeza que o mundo está ficando pior e mais covarde. Com essa total falta de exemplos de virtude, que nós mesmos permitimos.  

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Virus - Trailer Oficial





Não, não é um filme sobre zumbis. Mas segue o estilo. Filme muito, muito bom mesmo, pra quem curte o estilo "catástrofe, apocalipse, caos, sobreviventes".
A história é simples! Num mundo devastado por uma epidemia de um vírus letal e altamente contagioso, quatro amigos partem num carro rumo a uma praia isolada, onde tem um hotel abandonado que, segundo eles, pode ser o único lugar seguro.
Até aí, nada demais. Porém, o filme se torna bom não por conter sustos com gente morta e tals, mas por mostrar um forte vínculo entre os personagens e revelar o instinto de sobrevivência humano, o preconceito contra os doentes, e como numa situação completamente fora de controle e sem esperança, conceitos como honra e respeito caem por terra.

Um fator importante no filme é que quem assiste fica com raiva do personagem principal, por ele pensar somente na sobrevivência dos quatro, fazendo tudo o que é necessário para isso, desde abandonar doentes e até mesmo enterrar pessoas vivas. Só que a raiva fica mesmo é no fato de que ele, por fazer o trabalho sujo, e quase ser o vilão da história, acaba fazendo, numa análise mais profunda, o que qualquer um de nós faria naquela situação.
Um único personagem nos mostra o quanto somos hipócritas. Nos revela que nossas opiniões e atitudes dependem unica e exclusivamente do ambiente em que estamos.
Perfeito....

NÃO DEIXE DE ASSISTIR.....