quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Imortal Kalymor: Interlúdios. Parte 12 da Crônica: A Catedral.

E o tempo passou. O mundo mudou. Hans conheceu todas suas terras. Enquanto eu lentamente ganhava espaço entre os homens, que distorciam suas visões. Enquanto eu destruí tudo o que era místico e o que não era humano. Enquanto exterminei todas as espécies na Inquisição, e dizimei a magia. Enquanto eu, e eles próprios corrompiam os ensinamentos de Deus. Fazendo com que, desta maneira, eu os domine, o que por séculos venho fazendo. O mundo é hoje fruto unicamente de meus anseios.
Então, novamente nos encontramos. Meio milênio depois. Em meu apartamento ele se deslumbrou com a decoração. Com os detalhes da história da humanidade, em minhas coleções. Mas nada comparado com o que de mais precioso lhe mostrei. A resposta definitiva para o maior questionamento do universo...

“_O restante é inferior! Esta é sua conclusão agora! E isto lhe permite realizar qualquer pergunta que obterá resposta. E sei o que irá questionar. A mais complicada das perguntas, com a mais óbvia das respostas.
_Quem é Deus?
_Pergunta-me isso, _disse então o vampiro _mas sabe até onde deseja compreender? Posso lhe explicar o “tudo”, mas se o fizer que sentido teria o restante?”
  
Ele não temeu. Ansiou pela compreensão absoluta. E a teve...
Se agora possui o conhecimento completo, isto não o torna também um Deus? A resposta é não, simplesmente porque ainda se limita a pensar que não o é. Isto justifica o fato de ter se confessado esta madrugada. Caso fosse realmente superior, não deveria explicação a ninguém. Mas por que ele saiu purificado daquele lugar? Por que virou para a catedral e agradeceu? Por que agora ele levita como se suas culpas tivessem sumido?
Penso agora que há uma remota possibilidade de ele ter aprendido ali algo que não fui capaz de ensinar-lhe. Certamente algo que a humanidade não está pronta para compreender. Um ensinamento que estes pobres mortais terão que absorver por seus próprios meios. E sei que nunca o farão. Pois não são capazes de se deparar com seus próprios erros. São incapazes de evoluir.
“Quem diria que um dia eu estaria do outro lado do mundo? Quem diria que existiria o outro lado?”... Talvez haja aqui um sentido ainda mais abrangente...






Aqui termina a crônica A CATEDRAL. Pretendo postar mais outras crônicas, sempre relacionadas ao mundo de O IMORTAL KALYMOR. Histórias paralelas ao livro original, mas que, de alguma maneira, possam se interligar.

Quem sabe, num futuro próximo, eu consiga juntar todas elas e formar mais um livro???


Obrigado pela leitura e espero que continue acompanhando....

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

JOGO: MAGIC, AS CARTAS MAIS DESEJADAS

Bom, como todo jogador de MAGIC, ou de qualquer outro RPG (mesmo MAGIC não sendo um RPG), sempre tem umas bobagens na cabeça.

Relaciono aqui algumas cartas dos sonhos de qualquer jogador. Cartas raríssimas, de valor inestimável.

Essa é uma das minhas preferidas. Repare nas opções de habilidades.
Esta é ótima também. Olha a habilidade: Sacrifique um árabe, destrói um artefato americano alvo hahahah 

 Barack Obama não pode ser alvo de magias ou efeitos......


Tenta ler essa da Marina.... e a do Mário Clérigo Petista???? Repara no Poder e Ressistência!!!!

José Serra também é o cara.




Esta carta aqui, por incrível que pareça, é de verdade. Realmente existiu, uma pena que nunca no meu glimório. Dá uma olhada na habilidade e no custo. Se você tivesse 4 dessas, em 2 rodadas acabava o jogo. Esta carta daí só perdia pra essa próxima aí de baixo....



A MELHOR CARTA DE MAGIC DE TODOS OS TEMPOS....





 AGORA, ESTA AQUI SIM, NÃO TEM PRA NINGUÉM....CHUCK NORRIS
Se alguém tiver alguma destas cartas no seu glimório, por favor entrar em contato comigo para uma partida 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

JOGO: MAGIC


Sim! Eu joguei MAGIC. E ainda jogo, mas faz muito tempo. Procuro por outro jogadores, de preferência mais velhos, com cards antigos, pois sou da geração dos anos 90. Com certeza absoluta se eu for jogar com alguém mais novo, vou perder de lavada. Mesmo assim, encaro o desafio. Só pra sentir mais uma vez o inesquecível prazer desse jogo.






Ah, você não conhece??? Bom, aqui vai uma pequena explicação. Mesmo eu sabendo que você só vai entender mesmo quando jogar. E mesmo eu sabendo também que, se você entrar neste mundo, nunca mais vai sair.....






O Magic: the Gathering foi criado em 1993, pelo matemático norte-americano Richard Garfield, e rapidamente tornou-se um grande sucesso!

Lançado pela Wizards of the Coast, uma editora de livros de RPG, o Magic trouxe um novo conceito e um mundo de fantasia com ilimitadas possibilidades!

Combinando o conceito de “trading cards”, equivalente as nossas tradicionais figurinhas, com a estratégia do xadrez, Magic: The Gathering tornou-se a primeira e melhor coleção de Estampas Ilustradas do gênero no mundo!

Em Magic, você faz o papel de um planinauta — um poderoso mago que luta contra outros planinautas por glória, conhecimento e conquistas, com um arsenal de feitiços sob seu comando. Você acaba de descobrir as Eternidades Cegas. No vasto Multiverso, somente você e seus semelhantes têm conhecimento dos incontáveis mundos que existem além do seu. Seu dom o leva a procurar por conhecimentos mágicos, a fim de testar seus limites e escrever seu destino. Sua viagem começa aqui.

Você nunca sabe o que vai encontrar em um booster de Magic. Por isso, você começa uma coleção e troca cards com outros colecionadores para conseguir aqueles que você quer e ainda não tem.

Magic: The Gathering é uma coleção de Estampas Ilustradas que leva você a explorar o multiverso de Dominia e a disputar duelos incríveis! Na verdade são muitas coleções e cada uma tem seu respectivo livro que narra a história de um mundo específico, com suas características, lugares e personagens. Cada estampa representa uma criatura, um ser, um artefato, um local e muitos outros aspectos deste multiverso. Colecionando Magic você desvendará muitas das histórias e dos mundos deste multiverso, lendo, aprendendo, duelando e se divertindo num hobby como nenhum outro! Além disso, o nível de estratégia presente em sua concepção, comparável ao Xadrez, estimula a criatividade, o raciocínio e a interação social!

O Multiverso é uma extensão ilimitada de mundos, um diferente do outro. Novos cards e novos livros são lançados a cada ano, assim, a cada nova coleção mais um pouco da história de Dominia é contada, com seus heróis, vilões e criaturas fantásticas.
As ilustrações dos cards são feitas por artistas renomados, despertando o interesse dos colecionadores no mundo inteiro. Traduzido em nove idiomas diferentes (Inglês, Português, Francês, Italiano, Alemão, Espanhol, Chinês, Japonês e Russo), o Magic possui fãs em mais de 60 países!

Em resumo, jogue.... depois venha me agradecer.....


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Imortal Kalymor: Interlúdios. Parte 11 da Crônica: A Catedral.



“_A vitória lhe sorri, meu Cavaleiro! Mas ao preço de uma tênue comemoração.
_Por que diz isso? _Perguntou Ismael. _Livramos o reinado de você, e todos poderão viver livres a sua maneira, cultivar suas crenças e tradições. Ninguém mais se curvará oprimido, forçosamente tendo que aceitar a sua religião.
_E qual aceitarão? Acha mesmo que seguirão todos os povos para seus cantos, e reimplantarão seus reinos? Acha que se dividirão por uma razão tão fútil? Jamais irão se desgarrar do que há séculos já está formado. Fragmentar novamente Yarkan significa retroceder, significa perder exércitos e relações. Significa fragilizar.
_Podemos então ainda ser esse reinado, mas admitirmos a religião de todos.
_Não seja tolo, Ismael! São apenas homens e jamais conseguirão caminhar por suas próprias pernas. Dependem de algo superior. São por natureza submissos. Os homens não buscam a liberdade para que possam seguir sozinhos. O que os prende, o que os sufoca, é somente a necessidade que possuem de se sentirem inferiores. São os únicos seres neste planeta que buscam por opressão, mas envergonhados não admitem esta palavra, preferindo se referir a ela como “caminho”. Caminho para a salvação, caminho para o certo. Enquanto os homens existirem, existirá algo superior que os guiará, e jamais o contrário. Fala que eu os oprimi, mas apenas dei o que desejavam. Hoje partirei, mas meu lugar terá que ser preenchido. Eles anseiam por isso. E quem melhor que o Deus que os libertou?
_Não! _Ismael balbuciou. _Não será desta maneira.
_Nada mudará, porque os homens são estúpidos demais para mudar. Há somente um derrotado aqui: você! Pois não livrou ninguém. Apenas trocou um deus por outro...”

Desoladora verdade. Ergueu-se desta maneira, continuando assim até os dias de hoje, o Deus dos cristãos...





CONTINUA.....

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

FILME: REC

Quer um grande filme? Então, toma. Esqueça qualquer outro tipo de filme destes novos ai, que se dizem ser de terror ou suspense. Este filme já nasceu clássico. É simplesmente perfeito em sua simplicidade. Em resumo, um documentário sobre...... ZUMBIS. 
O filme faz você se sentir um personagem, e a forma como é filmado deixa tudo muito real. 

Não perca. Mesmo se você não curte o gênero, não vai ter como não apreciar. Quer uma boa história de terror? Assista. Quer suspense? Assista. quer um filme que vai te deixar grudado na cadeira sem piscar do início ao fim? Então assista. E, se possível, assista ao primeiro e ao segundo juntos, nem pára pra ir ao banheiro. A história é como se fosse uma só. Eu ainda não conferi o terceiro, mas deve ter ficado muito bom, se seguiu o mesmo ritmo.

Vai lá e aluga. 



REC segue uma repórter de televisão, Ángela Vidal e seu cinegrafista, Pablo, que cobrem o turno da noite de bombeiros locais para o documentário de um programa de televisão. Os bombeiros recebem um telefonema sobre uma mulher idosa que está presa em seu apartamento. Quando eles chegam, Ángela e Pablo filmam a polícia quebrando a porta. A mulher torna-se extremamente agressiva e morde um dos policiais. Enquanto isso, os moradores aterrorizados se reúnem no hall de entrada e percebem que o prédio está isolado, em quarentena, ninguém pode entrar ou sair. Um bombeiro que permaneceu no velho apartamento da mulher, é mordido e despenca pela escada para o piso do átrio. A equipe de filmagem, da polícia e dos bombeiros remanescentes voltam a subir e são atacados. O policial atira na mulher idosa. A equipe de câmera permanece presa no interior do edifício com os residentes e continuar a gravar, apesar da pressão policial. Ángela uma menina chamada Jennifer que mora no prédio. Jennifer está doente com o que a mãe diz que seu é amigdalite . Ela diz que seu cachorro, Max, está no veterinário, pois ele parecia estar doente também.

Um inspector de saúde vestindo um terno de materiais perigosos chega e tenta tratar os feridos, que se tornam de repente e ferozmente violentos, apesar dos ferimentos críticos. O inspetor de saúde explica que o período em que a doença tem efeito varia de acordo com tipo de sangue. O inspetor sanitário também revela que em algum momento durante o dia anterior, um cão com a doença foi levado para o veterinário, o cão tornou-se violento e atacou e matou outros animais de estimação na clínica. Jennifer, a garota que era dona do cão, então de repente o ataca a mãe. O inspetor diz que é uma doença desconhecida, que está infectando as pessoas, fazendo com que elas se tornem selvagens sanguinários.Mais e mais pessoas no edifício são infectadas e Ángela e Pablo são obrigados a combatê-los. Eventualmente, eles descobrem que existe uma chave de uma porta que leva a uma saída através do sistema de esgoto. No entanto, a chave está localizado no terceiro andar, no apartamento do gerente.
Depois de encontrar a chave, Ángela e Pablo parecem ser os únicos sobreviventes humanos, todos os outros estão mortos ou infectados. Ao invés de fazer o seu caminho para a chave, eles são forçados para cima a cobertura pelos restantes infectados. Eles, então, vasculham o apartamento e descobre que seu antigo proprietário era um agente do Vaticano , que foi acusado de pesquisa e isolamento de um vírus suspeito que se acredita ser a causa biológica da possessão demoníaca , que mais tarde foi confirmada a existência de uma jovem que foi possuída . O agente seqüestrado e levado a menina para o apartamento para realizar sua pesquisa e eventualmente curá-la, durante esse tempo, o vírus conseguiu transformar e se tornar contagioso. O agente decidiu selar a porta, provavelmente para deixá-la morrer de inanição e desidratação. Uma porta se abre para o sótão e Pablo utiliza sua câmera para olhar para dentro. Um rapaz salta para a câmera e quebras de sua luz. Pablo gira em torno da visão noturna para enxergar no escuro e descobre a porta selada referida anteriormente pelo agente em uma fita de áudio. O agente abandonou seus esforços para curar a menina depois de não conseguir projetar uma vacina e selou ela no quarto antes de sair da cidade. A menina, agora uma figura magra, começa a pesquisar a área da cozinha, inconsciente da presença de Pablo Angela. Pablo tenta escapar, mas é violentamente atacado pela menina, fazendo com que derrube a câmera. Quando Ángela pega a câmera, e tenta enxergar pela visao noturna, a menina a puxa para a escuridão. 
Depois, você tem que conferir o segundo filme.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Imortal Kalymor: Interlúdios. Parte 10 da Crônica: A Catedral.

“Ajoelhou-se e tateou o chão sem explicação. Queria achar alguma coisa que lhe prendesse a atenção e o fizesse, mesmo que sutilmente, esquecer onde estava. Nos escombros, encontrou uma pequena cruz, símbolo de sua antiga adoração. Fitou-a com amargura, fazendo seus dedos escorrerem pelos contornos do objeto, como se pedissem desculpas. Em sua alma suplicava por perdão, e desejava veementemente ser julgado por aquilo. Arrependeu-se de seus crimes, sabendo que não eram somente os crimes das mortes que causou, pois pecou muito antes disso, quando realizou seus sonhos. Errou, quando se tornou um cavaleiro, e viu que de fato nunca fora um. Quando passou a adorar um deus diferente de suas origens, em prol desse sonho. E percebeu que por ele destruiu o Deus que realmente lhe importava.”

Referindo-se a Ismael, um dos Cavaleiros do Dragão, um não nobre de berço, mas de atos. Que me foram importunos por um tempo. Hans fascinou-se por este homem, o que me levou a finalmente encontrá-lo, para um acordo. Para que ele pudesse destruir o cavaleiro, ofereci ninguém menos do que o vampiro que tomou sua amada. No auge da guerra de maior repercussão na história deste mundo, que nenhum mortal de agora sequer ouviu falar, ele o faria. Mas, o fascínio superou seu desejo de vingança, em prol de uma causa maior que sua dor...

 “Poderia atacá-lo pelas costas, sem que soubesse o motivo. Pensei incessantes vezes em Winslet e no trato que fiz com Malberon. Lembrei da face do primeiro, ao me reconhecer em seu cativeiro. Em seus olhos rubros observei a vida de Marina, estampada como lágrimas. Como se de alguma forma estivesse ainda viva, mas presa em seu corpo nefasto. Como se aquele ladrão a guardasse em seu bolso, e como um pingente a chacoalhasse de um lado ao outro, brincando exibido, deixando-me a salivar, parecido com um animal esfomeado. Fitando Ismael, ao mesmo tempo em que fitava minha recordação, e nesta constante troca de imagens, fiquei. Constantemente a figura de um acendia, enquanto a do outro se apagava. E nesse vice-versa macabro, que já passava ante meus olhos como fagulhas, meu ódio crescia, assim como minha admiração. Winslet proporcionava o primeiro sentimento, e Ismael o segundo. E por vezes suas imagens, de tão rápidas que eram, chegavam a se sobrepor. E eu não sabia mais a quem odiar ou admirar. O Cavaleiro fora aos poucos sendo visto como mais uma de minhas vítimas. Cuidadosamente selecionado por seus pecados, merecedor de minha punição. Passei a vê-lo desta maneira, para poder cumprir com minha parte no trato. Desta forma, saí das sombras como um lobo, com fúria e bestialidade. Para trás, ficariam somente as pegadas de minha consciência, esculpidas em areia fina, que fácil e rapidamente se apagariam. Eu em nada me parecia com aquele homem. Jamais teria um resquício de sua integridade, de seu valor. Sua coragem para mim era inalcançável como um esticar de braços na noite, na tentativa de colher uma estrela. Suas escolhas, suas renúncias e seus atos ecoavam como histórias de ninar, contadas a jovens anjos. Assim, já entrando na ponte, com a espada gemendo, eu estava na iminência de fazê-lo, quando, interrompendo, percebi o enorme ogro, que se aproximava com o tamborilar de suas passadas.”
    
Permitiu que Ismael vivesse. E libertasse o reino dos domínios do Deus-Dragão...


CONTINUA....

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Imortal Kalymor: Interlúdios. Parte 9 da Crônica: A Catedral.


“_Você é contrário a tudo isto que está ao seu redor! _Disse ela. _Adverso de uma maneira que talvez não exista nada mais distante. Possui os olhos da morte, e deseja observar a complexidade da vida.
_Abra meus olhos, então, para o que realmente devo enxergar.
_Tem que aprender a usar seus olhos não somente para captar uma imagem, mas fazê-los com que compreendam esta imagem. Veja com a razão. Veja com inteligência. Existem incontáveis árvores e animais. Você capta cada um como um componente desta paisagem. Esta árvore a nossa frente, por exemplo, você a vê desta forma, não é? Mas quando olha para mim, o que vê? Uma mulher? Uma elfa? É isto que irá me responder. Mas por que não pode me ver, também, como uma árvore? Não posso ser para seus olhos mais um detalhe desta paisagem?
_Não! Você é mais que esta simples árvore. Tanto que pode até mesmo movê-la com seu pensamento.
_Então somos, eu e você, completamente diferentes desta natureza toda que nos cerca? Como pode conceber esta incoerência, estando aqui? Se esta árvore é diferente de mim, como pode precisar deste local tanto quanto eu? Será que ela não o ama de uma forma semelhante à minha? Eu sou esta árvore. Assim como ela também é algo como eu. Sou o ninho que sustenta os filhotes dos pássaros. Sou os galhos onde estão esses ninhos. Sou a chuva que beija a terra, e a terra que é beijada pela chuva. Sou tão poderosa por ser tudo isto, e tão simples por ser cada uma dessas coisas. Sou a última gota de orvalho que escorre da folha que possui esta graça. Assim como todas as outras folhas que continham todas as outras gotas que escorreram, detentoras da mesma graça. Sou os pés que pisam a grama, mas também sou as inúmeras folhas desta mesma grama, que em um imensurável esforço conjunto empurram meus pés para cima. Sou a semente que iniciou isto tudo, assim como o último de seus frutos. Quando seus olhos lhe mostrarem a natureza, em sua real forma, saberá que estará também olhando para você mesmo. Eu, você, aquilo ou isto, são termos que não se aplicam a esta imensidão. Pois tudo não passa de um conjunto. Pode parecer estranho, mas esta é a gloriosa unidade de nós mesmos. Isto é o que quero que enxergue. Pois isto é simplesmente a vida.”

 Aprendeu sobre a vida, em seu sentido global. Magias relacionadas à natureza o tornaram muito mais poderoso. Nascimento, morte, renascimento. Todos os pontos ele dominava. Da totalidade, agora restavam apenas as nuances. Procurou então inspiração nas mínimas coisas, que para ele tornaram-se divinas. Viu conceitos simplórios, que os mortais tanto prezam, serem elevados ao extremo. Honra, respeito, virtude. Viu homens abdicarem de suas vidas em prol de uma causa. Normalmente um sonho tolo. Mas por vezes, nessas observações que fazia com freqüência, descobria que a simples vontade de alguém pode ser a mais notória das magias...


CONTINUA.....

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Imortal Kalymor: Interlúdios. Parte 8 da Crônica: A Catedral.

“Você morreu, Hans Kalymor! Era o início desta madrugada. Sua alma deixou este corpo e vagou. A morte é diferente para cada um, assim como sua aceitação. Não sei o que viu, não sei o que sentiu, mas as portas do outro mundo foram ignoradas, por isso está aqui. Você não quis, Hans, entrar definitivamente para o outro lado. Isso é único. E,  no meu ponto de vista, uma tolice. Eu o matei, neste mundo, e o impedi de ir para o outro. Não há definição correta para o que se tornou. Você é uma linha tênue, uma corda bamba, o extremo do meio, o início do fim. Um morto-vivo, nem vivo e nem morto.”
Zacchi, o mago necromante que o imortalizou. Tornando-o pior que os monstros que buscava destruir. Bestial por opção, grandioso aos meus olhos, mas miserável por si mesmo. Eis agora o Imortal Kalymor. O extremo desgarradamente sofredor do amor. Agora eterno. Eterno em pecados, eterno em sina. Acima das ordens e leis do tempo. Com infinitas possibilidades de aprender no leito dos séculos. Com este propósito ele desejou a mudança. E foi exatamente assim que ocorreu...

“_Espantosa sua capacidade em aprender! _Disse o mago. _Os livros são devorados numa única leitura. E nada é perdido. Todas as nuances são por você fixadas. Estranhamente não passa de um zumbi, mas o invejo. A incrível grandeza de sua inferioridade. Em pouco tempo será um mago muito mais poderoso do que eu.”
          
Aprendendo magias do plano dos mortos. Por aí ele começou...

“Quando compreendi minha nova natureza, tudo ficou mais claro. Vi o que realmente somos, o que deve corretamente ser chamado de “eu”. Somos nosso espírito, e o corpo simplesmente nos pertence. A correta definição de alma é que ela é a manifestação de nosso espírito, quando unido ao corpo através do cordão de prata. A alma é nossa personalidade, nossas escolhas, nossa forma de viver este pequeno instante no mundo. A alma é somente uma característica do espírito.”

E não mais parou...

“A alma não se materializa da forma humana, como estamos acostumados a imaginar. Tinha que procurar as maneiras que cada um se via em sua morte. Às vezes eram imensos rochedos, se uma pessoa fosse extremamente conservadora e egoísta, ou uma simples fagulha de luz, quase imperceptível, se fosse de alguém que se achasse muito insignificante, mas com um potencial reprimido, representado pelo fato de mesmo a luz sendo fraca, poderia crescer e se expandir, a ponto de clarear totalmente um ambiente.”

Ele aprendeu. Dominou a morte e suas trilhas. O tempo levou o necromante, seu único companheiro. Outros homens surgiram para seu aprendizado, qualquer um que pudesse contribuir para sua evolução. Desta forma viu um mundo que corria ao seu lado. Acompanhou pessoas que em sua comum forma guardavam grandes essências. Inspirou-se em homens maiores que sua condição. Simples humanos tornaram-se eternos em seus atos.

E nesse ínterim, viu também o extremo oposto de seu conhecimento...


CONTINUA.....

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

FILME: BLADE

Quando o assunto é "vampiros", sempre é bom falar de tudo o que abrange o tema, tanto o que é bom e o que é ruim. Entrevista com o Vampiro é um clássico, sem dúvidas, porém existe, também, outros tipos de abordagens. Blade é uma delas. Gênero ação, com vampiros, sem fugir do tema inicial do filme. Perfeito em sua simplicidade, boas cenas de luta, uma grande diversão. A sequência não deixou por menos. Já o terceiro filme, não recomendo de forma alguma, não assista para não perder o encanto.

Baseado nas histórias em quadrinhos de um personagem da Marvel criado por Marv Wolfman e Gene Colan. Estrelando Wesley Snipes como Blade e Kris Kristofferson como Abraham Whistler, ele foi dirigido por Stephen Norrington com roteiro de David S. Goyer.
Esse filme gerou quatro seqüências: Blade II lançado em 2002 e Blade: Trinity, lançado em dezembro de 2004, Blade: A Nova Geração lançado em 2006 e a série de televisão Blade: The Series de 2006.


Blade nasceu como híbrido de humano com vampiro, pois foi contaminado ainda na barriga de sua mãe grávida, quando ela foi mordida pelo vampiro Deacon Frost. Com isso, ele se tornou poderoso e imortal e, com a ajuda de seu mentor Abraham Whistler, passou a combater os vampiros para vingar a morte de sua mãe. Um inimigo em especial aparece em seu caminho, e é justamente seu "pai" vampírico Deacon Frost (Stephen Dorff), que pretende se tornar o líder dos vampiros e guiá-los num grande ataque contra a humanidade. 









No segundo filme, uma nova raça mais poderosa chamada reapers, criada a partir de cruzamentos genéticos entre humanos e vampiros, ameaça eliminar ambas as raças. Visto isso, Blade alia-se aos seus maiores inimigos para que, juntos, possam combater esta nova raça de seres.
Segunda parte dos três filmes lançados até 2005 sobre a história do personagem de quadrinhos da Marvel Blade, um caçador de vampiros. As filmagens ocorreram na cidade de Praga, capital da República Tcheca.


O terceiro filme, nem vale colocar a sinopse. Colocaram o Drácula no meio de tudo e ficou um lixo. Novamente indico não assistirem este, para não estragar o encanto dos filmes....