terça-feira, 29 de março de 2011

O Imortal Kalymor: DEUS, POR MALBERON. INTERLÚDIOS, PARTE 10

_Foi uma noite de grandes revelações! _Começa o padre. _O primeiro vampiro do mundo se esconde neste país? Tão próximo daqui?

_É quase surreal, mas é um fato! Quem poderia imaginar que um lugar onde o Sol é escaldante e pleno abrigaria tal criatura? Não deixa de ser um esconderijo perfeito. Mas claro que isto não passa de uma simples peculiaridade, diante de tudo o que aconteceu. O senhor deve estar inquieto quanto às obras e às espécies, e mais em relação ao Cálice Sagrado. Impossível acreditar que o tive em minhas mãos, em um apartamento, no Rio de Janeiro. Mas tudo o que contei é verdadeiro, todos os detalhes, desde o início de minha confissão. Comecei de uma maneira extremamente impressionante sobre o mundo e a época, mas lentamente firmei um elo com o senhor que permitiu que nossas distâncias diminuíssem. Não digo que o fiz crer, certamente que não, mas retirei o freio de sua consciência, expandindo sua visão. Falei de lutas, de ensinamentos, de encontros, com tal convicção que o senhor não teve mais espaço para oscilar. Entrou em minha conversa, me fez indagações, participou. Mesmo eu, em diversos momentos, relatando absurdos sobre o cristianismo, alicerce de toda a sua vida. Mas, temo que este vínculo se perca neste momento. Temo em contar esta parte, e que o senhor não assimile a contradição. Que não tenha sabedoria suficiente para refletir de uma maneira sensata e imparcial, fora dos parâmetros desta instituição. Porque, irremediavelmente, cheguei no ponto em que destruirei todos seus princípios...

_Sim! O confronto que várias vezes você mencionou. Saiba que não tenho intenção nenhuma em questioná-lo. Esta não é minha função, por mais incoerente, embaraçoso, fantasioso ou até mesmo hostil que possa ser. Isto por acaso tem alguma relação com a tal fórmula matemática?

_Completamente...



CONTINUA....

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