_Impressionante, não? Ainda mais por ser percebida isolada, em meio ao restante do que lhe mostrei. Somente olhos sábios iriam parar aqui.
_Isto é inconcebível! _Afirmei. _Pensei que seria somente o sonho de um notório cientista. Uma fórmula que unisse todas as outras.
_Sim! “U”, de “Universo”.
Diante de mim estava uma expressão que relacionava todas as forças que compõem a existência. A fórmula soberana, uma conta que unia todas as outras contas, que mesclava os princípios da Física e da Matemática e, por conseguinte, também da Filosofia. Bastava jogar números nas variáveis, quando uma dúvida surgisse. Qualquer um que a soubesse poderia esquecer qualquer outra fórmula, qualquer outra lei e, ainda assim, saberia tudo. A resposta definitiva. A explicação suprema de todas as perguntas. O universo inteiro estava ali, elucidado em míseras quatorze linhas.
_Diga, Malberon, há alguma coisa que não saiba? Perto deste conhecimento, nenhum outro tem comparação. Não há equivalência. _Falei, com as palavras tropeçando no transtorno de minha razão.
_O restante é inferior! Esta é sua conclusão, agora! E isto permite a você elaborar qualquer pergunta que obterá resposta. E sei o que irá questionar. A mais complicada das perguntas, com a mais óbvia das respostas.
Virei para o vampiro, posicionando-me à frente de sua face, quase tocando nela. Os olhos se rasgavam como seda, querendo os meus penetrar no mundo dos dele. Éramos titãs, seres acima de nós mesmos, embriagados pelo mais fino néctar da mais completa sabedoria. Então perguntei, em meio àquele banho de magnitude:
_Quem é Deus?
CONTINUA.....
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